domingo, 1 de junho de 2014

TEORIA DO PORCO ESPINHO


FÁBULA DO PORCO ESPINHO

Durante a era glacial os animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos [mais conhecidos entre nós como Coandu, nome científico Coendou prehensilis] resolveram se juntar em grupos e assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente. Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que ofereciam mais calor. Por isto, eles decidiram então se afastar uns dos outros e começaram de novo a morrer congelados. Então, precisaram fazer uma difícil escolha: desaparecer da face da Terra junto a outras espécies extintas e em extinção ou aceitar seus próprios espinhos e os espinhos dos outros. 

Com sabedoria, os coandus da fábula resolveram em assembleia voltar a ficar juntos em comunidade. Aprenderam a conviver com a dor e desconforto que as pequenas feridas na relação com os próximos pode causar: já que o mais importante é o calor dos outros. Assim eles sobreviveram até hoje para enfrentar a devastação da biosfera por muitos humanos parecidos a porcos-espinhos. 

Moral da História: o melhor relacionamento não é o que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos dos outros e a admirar suas qualidades.



PORCO ESPINHO NÃO SONHA

Meu Zeus! Quem vai ler uma coisa destas? No entanto é preciso escrever para todos e para ninguém... Entregar à nuvem. Por que dantes escritor quanto colocava ponto final na novela esta já não lhe pertencia e agora quando blogueiro aperta tecla compartilha a coisa está na nuvem. Para o bem e o mal vai-se embora.

Na realidade, dizem neurocientistas, porco espinho é uma espécie animal sem atividade cerebral onírica. Não sonha durante o sono nem quando acordado. Com exceção de porco espinho, todo outro bicho, inclusive bicho gente; quanto dorme sonha. Quem tem filhote de gato ou cachorro em casa pode observado a olho nu que o bichinho sonha... Cachorrinho pode além de mexer a pata dar latidinhos dormindo... Pesquisadores garantem que vaca, cavalo e a bicharada toda testada em laboratório emite sinais cerebrais típicos da área de sonho enquanto dormem. Mas o porco espinho nem seu Souza... Será? E por que será?

Quando a coisa passa às ciências humanas, a antropologia informa que um verdadeiro pajé é especialista duma sociedade genérica por que ele aprendeu a controlar seus próprios sonhos. Na obra de Ronaldo Vainfas "A heresia dos índios" ficou transcrito do relato extraído da primeira visitação do Santo Ofício a Bahia, o juízo final de um indígena sentenciado à morte por crime de heresia, dizendo aquele profeta da Terra sem mal: "Deus criou o Homem para dormir e sonhar"... Sonhar o Paraíso, bem entendido, e não para ser escravo do trabalho e outras misérias da vigília. 

O sociólogo marxista e psicólogo freudiano Erich Fromm, na obra "A Linguagem Esquecida", interpreta diversos sonhos relatados na Bíblia como a atividade humana a mais antiga. "Os sonhos  do homem antigo e moderno são escritos na mesma linguagem que os mitos cujos autores viveram no amanhecer da história...Creio que a linguagem simbólica é a única linguagem estrangeira que cada um de nós deve aprender. Sua compreensão nos põe em contato com uma das mais significativas fontes de sabedoria... Na verdade, tanto os sonhos como os mitos são importantes comunicações de nós mesmos para nós mesmos". Uma constatação que resume a arqueologia das ideias e a psicanálise da história, que é a tentativa atrevida de meu ensaio "Novíssima Viagem Filosófica", seguido de a "Amazônia Latina e a terra sem males" para finalizar a trilogia com a "Breve História da Amazônia Marajoara" (ainda inédito). 

Alberto Dines precisava ter chegado até à ilha do Marajó para assistir o por do sol e ver o lugar mágico, chamado Araquiçaua; onde o astro do dia ata rede de dormir à espera de outra manhã... Visitaria assim a alma do bom selvagem em busca da mítica Terra sem mal: utopia selvagem onde não há fome, trabalho escravo, doença, velhice e morte... Poderia assim escrever ainda melhor "Morte no Paraíso" e ver com seus próprios olhos o que os olhos do morto não viram no "País do Futuro"... 

Muitos não sabem quem foi Stephen Zweig e muito menos que este escreveu as últimas páginas de sua utopia brasílica contando a maravilha de ter achado no Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém, uma árvore que anda atraída pela luz solar (a palmeira Caiaué, espécie nativa de dendê-do-Pará, nome científico Elaeis oleifera). Não é qualquer lugar que podem ver árvores que andam... O refugiado judeu perseguido pelo nazismo viu no fototropismo daquele vegetal amazônico a atração da luz e eu acho que qualquer viajante do mundo, tendo pensamento esclarecido para invenção do futuro, poderia vir à foz do maior rio do mundo descobrir uma gente descendente da idade do barro e dos mitos, capaz também de ressuscitar os mortos pela arte dos primeiros dias da humanidade.

Que nem um italiano daltônico que deu a vida para inventar um museu no fim do mundo onde gente analfabeta, como cego, pode "ver" com as pontas dos dedos. Ele enxergou o futuro e isto é coisa que ainda não foi dita com todas as letras. E já que ninguém fala de semelhante prodígio o caboco que vos fala está dizendo, e então que se publique na nuvem...

Tem gente que acha que, para um caboco do Fim do Mundo, eu estou me "achando" grandes merdas... Outros dizem que sou presepero e mentiroso, que eu não tenho limites a aventuras nos mares das suposições, sobretudo, que sou malhado por não ter diploma e anel de grau. Pois era preciso diletantes sem eira nem beira ficar na sua sem tocar nas altas filosofias canônicas. E eu com isto? Não sou 'best seller' como Paulo Coelho ou o bispo da teologia da prosperidade Edir Macedo, mas me atrevo a botar banca na feira do Ver O Peso para desgosto das academias de letras mais sisudas do país.

Que, na verdade, eu fico chateado não há dúvida: é a parte do porco espinho que existe em mim. Como diria Ionesco,"Sou o último homem, não me rendo!". Ele lá às voltas com multidão de rinocerontes e eu cá com a pletora de búfalos no pisoteio de sítios arqueológicos da ilha do Marajó, nas ruínas da milenar Cultura Marajoara de mais de mil anos deixada ao relento entre chuvas e esquecimento... Um caboco meu sumano, outro dia veio reclamar de mim por eu escrever "difícil"... Eu tentei explicar que pra caboco eu falo com a boca. Já escrita é para os doutos entender que a gente não é besta... 

Difícil escreveu o romancista Dalcídio Jurandir: para dar testemunho do homem aí largado em plena maré, ninguém fala melhor a um caboco que outro caboco. Mas, desgraçadamente, é tudo porco espinho... Por isto, urge que dentre os coandus da vida alguns aprendam a ler e escrever língua do inimigo que arte de mandar ao mundo notícia histórica da primeira noite do mundo. Quem quer saber? Até hoje ninguém sabe a "escrita" da cerâmica da ilha do Marajó e muito menos o que quer dizer a pintura rupestre do rio das Amazonas...

Devo falar em nome de 200 mil analfabetos de pai e mãe fazendo parte da Criaturada grande de Dalcídio ou calar-me para sempre? Vale o que está escrito... Por isto profetas da Bíblia tiveram a favor escribas zelotes para dar letra de forma à tradição oral. Ceramistas marajoaras deixaram gravadas em urnas de camotis os "motivos ornamentais" da escrita iconográfica feita de sonhos dos mais velhos pajés da terra dos Tapuias... Por aí talvez as ciências da Natureza e do Homem pudessem achar o elo perdido e chegar à conclusão, provavelmente, que bicho e gente sonham desde tempos pré-hominídeos, justificando ser de fato a humanidade filha da animalidade.

Por que razão porco espinho não sonha é um mistério... E lá venho eu com minhas especulações! Será por causa dos espinhos? Eu acho que "índio" batizado e civilizado na marra acaba sendo um tipo de porco espinho que dorme o sono da pedra para se esquecer totalmente das porradas. Penso nisto por causa do famigerado "Diretório dos Índios" (1757-1798) - que foi pior emenda que o soneto - quando iluministas de Portugal na ditadura do Marquês de Pombal expulsaram os Jesuítas do Grão-Pará e Maranhão supostamente para dar liberdade aos cativos que os padres tiraram do mato para supostamente lhes dar a boa nova de Jesus salvador das almas. E os libertadores dos cativos proibiram a gente mansa nas aldeias das missões de falar Nheengatu para império da língua portuguesa do Oiapoque ao Chuí. Já o padre Giovanni Gallo foi aprendiz do povo do qual ele mesmo, depois de morto; acabou se tornando mestre com afeto.

O historiador e linguista José Ribamar Bessa Freire em sua tese "Rio Babel" (nome do rio Amazonas na utopia evangelizadora do padre grande dos índios, Antônio Vieira) ensina a extinção de milhares de línguas amazônicas. E quando kingOngs atacam a perda da Biodiversidade elas esquecem geralmente o Homem em sua diversidade de língua e culturas... E não sabem que não é propriamente "uma" Amazônia, mas na verdade diversas Amazônias... 

De modo que seria melhor fazer como o Barão de Marajó, que escreveu "As regiões amazônicas"... E a Amazônia Marajoara entre outras regiões tem sua insubstituível singularidade. E tem a tal de resiliência socioambiental... Quem melhor que um certo O NOSSO MUSEU DO MARAJÓ - nascido e criado, por necessidade e acaso, do feliz casamento de um padre daltônico à bordo da Teologia da Libertação com o saber de índios amnésicos, ditos cabocos (tirados do mato) mais sonsos do que o Diabo, sobreviventes da "extinta" ecocivilização amazônica, mais conhecida como Cultura Marajoara - para ressuscitar esta coisa?


PARA O SONHO VIRAR REALIDADE

Hoje, 1º de Junho, me levantei pensando em Cachoeira, Ponta de Pedras e adjacências... o meu "carma".  Mas o Marajó de meus sonhos e pesadelos não existe mais. Quanto vou hoje à ilha do Marajó mais distante do "meu" Marajó estarei indo. Certa noite enquanto a população assistia novela na televisão caminhei sem rumo pelas ruas da minha infância distante, em Ponta de Pedras, e não encontrei mais ninguém conhecido. Será que eu já morri também, por dentro, e nem missa de sétimo dia?... 

E quanto distante eu estiver da ilha de meus avós mais perto de mim estará aquela gente nas minhas lembranças e nos sonhos futuros de meus parentes e dos filhos e netos de meus parentes. Me lembrei nesta manhã de sol da poesia de Carlos Drummond de Andrade que diz chove em Cachoeira e Dalcídio Jurandir já morreu... Cada dia de chuva vai morrendo mais em mim um pouco mais de Cachoeira, Ponta de Pedras e outras vilas antigas do extremo norte... Por isto quando brilha o sol vale a utopia e eu queria morrer espiando o por do sol.

Me lembrei de Dalcídio Jurandir e de Giovanni Gallo encontrados por acaso no mesmo campo de luta sob a famosa chuva dos campos de Cachoeira... O chalé tombado foi ao chão e o povo não tugiu nem mugiu... O drama do Museu agora é desespero da atual diretoria, que foi à justiça para botar pra fora a anterior diretoria e agora se vê no mato sem cachorro e talvez obrigada a legar à próxima diretoria o mesmo caixão sem alça. Que Diacho!

Mas o drama além do Museu e de Cachoeira é do Marajó inteiro. O que se passa no museu é sintoma de um mal antigo da guerra das tribos, que só se uniam quando atacadas de fora... Me lembrei que no mês vindouro haverá outra eleição de diretoria. Ai me bateu uma angústia: será que vale a pena ser presidente de um tal museu? Ou teria alguma candidatura diferente de tudo quanto já se passou, o condão da salvação não só do museu do Gallo, mas também para quebrar o encanto, o fado antigo que castiga o Marajó velho de guerra?

Quando Marajó desencanta? Dalcídio Jurandir perguntava... E Dalcídio já morreu, Giovanni Gallo também morreu, todo dia nasce morre velho e nasce crianças... Muitos moços também estão morrendo em meio à ignorância e violência (sem esquecer a pobreza). E assim o desavisado que pegar corda pode acabar como o padre que "implodiu", o escritor que morreu longe do chalé e não foi enterrado debaixo da árvore Folha-Miúda como queria em seus líricos sonhos de juventude. Então, com a culpa em cima de mais uma diretoria de voluntários boi de piranhas, irá estourar a "bomba" das vaidades herdadas da história do museu desde Santa Cruz vindo rio abaixo se hospedar nas ruínas da Oleica transformada em curral das éguas... e depois o criativo museu elogiado por meio mundo e castigado ao mesmo tempo...

Será que o milagre da humildade, no augusto exemplo do índio sutil Dalcídio Jurandir, cuja falta de vaidade foi maior trunfo na expressão vitoriosa de sua vigorosa literatura dará um salto no futuro desta história? Quem será esse ou quem será essa criatura a levantar bandeira branca com tal símbolo confraternizador pelo qual todos municípios acudirão Cachoeira como a uma irmã na hora do parto a fim de dar renascimento à cultura marajoara? 

Talvez, o Nosso Museu doravante renascido comece a resgatar a paz de Mapuá em memória do payaçu Antonio Vieira e dos sete caciques confederados por Piié Mapuá na resistência Nheengaíba, que juntos deram fim a mais de 40 anos de guerra de conquista do rio das Amazonas; nos lembre do dia 27 de Agosto de 1659... Quem sabe, com concurso da Universidade Federal do Pará (UFPA), pela primeira vez a comuna dos Breves será visitada por uma importante delegação do Museu do Marajó nesta grande data da brava gente marajoara.

Eu acho que o nosso museu será salvo quanto os irmãos cachoeirenses fizerem a paz uns com os outros, como no passado distante os velhos Nheengaíbas e Tupinambás... Mas não basta a paz de Cachoeira. Nem a paz de Ponta de Pedras. Nem a paz municipal de qualquer outro dos dezesseis muncípios: carece pacificar todos Marajós. Não a pax de sepulcros caiados... Mas sim a paz viva e rutilante das pessoas no dia a dia, com todas suas contradições, interesses divergentes e esperanças várias.

Para isto há de se ler, de novo, o romanceiro inteiro de Dalcídio com a odisseia de Alfredo pelas ilhas e a cidade grande. Entender o drama do padre que veio de longe semear justiça e paz e terminou "implindo" em meio à luta de egos entre o próprio padre teimoso e o bispo vaidoso (a igreja também tem porcos-espinhos) e acabaram assim ambos mortos como se inimigos fossem... Cadê as cooperativas de dom Angelo? Cadê o chalé de "Chove"? Cadê a academia do Vero Peso do Bruno de Menezes e toda sua patota de grandes nomes da literatura do Pará? Agora o Museu do Gallo está indo pelo mesmo caminho?

Pouca coisa eu posso fazer além desta pobre reflexão à margem...  Certamente muitos "amigos" e "herdeiros" do finado Gallo podem ficar contrariados com a intromissão... Devo pedir desculpa? Acho que não. Me lembrei que quando a turba estava a incendiar o prédio histórico da prefeitura de Ponta de Pedras, fui tentar convencer a parar o motim e um "herói" daqueles gritou aos outros incendiários "tira esse velho daí"... Cuidei de ir à beira olhar estrelas. Era setembro, o céu estava limpo e estrelado... 

Quando o causador da merda quis fazer demagogia "restaurando" o velho prédio a três porradas foi ainda o caboco velho quem teve coragem de pedir embargo da barbaridade ao Ministério Público. Muitas outras coisas pude fazer pelo Marajó, umas vezes bem outra nem tanto; tanto melhor quando ninguém soubesse... Se uma terça parte de tontos (sic) sonhos tivessem se tornado realidade o IDH da gente marajoara não seria essa desgraça.

Nessa série de tentativas mais falhas de que exitosas, quando eu estive na PARATUR batalhei para ver no Marajó um produto literário com aproveitamento da literatura de Dalcídio e agora com a nova Secretaria de Estado do Turismo (SETUR) poderia, enfim, acontecer. Mas como? Sem o chalé de "Chove" e sem Museu de Cachoeira?...

O maior museu de arte primeira dos povos da Terra fica em Paris... durante o governo Ana Julia, através de amigos franceses, fiz chegar o livro de Denise Schaan à diretoria do museu do cais de Branly. Antes disto, na diretoria anterior do Museu do Marajó uma carta transitou pela Embaixada da França em Brasília pedindo intercâmbio entre o grande museu de Paris e o engenhoso museu do Marajó, foi quando começou a briga que ainda está fedendo até hoje... Pelo lado da França não há problema, mas pedem que alguma instituição oficial brasileira dê assistência técnica e meios orçamentários contínuos ao parceiro marajoara... Da China já veio oferta uma ocasião para levar exposição do Museu para lá... Uma ong japonesa com atuação em Belém está a fim de colaborar com o museu... Mas enquanto não se tornar o Museu de fato uma Instituição capacitada a cumprir a missão que o Gallo queria é praticamente impossível a qualquer sujeito responsável a se meter no assunto... 

É preciso que o público saiba todos os aspectos que envolvem, o chamado PLANO MARAJÓ e por que o Museu do Marajó que poderia ser a grande vedete desse plano está à mingua. Dentre outras possíveis soluções eu vislumbro uma que gostaria de manifestar, para que não digam depois ele podia ter dado um piteco certo e ficou calado:

Me parece que, antes de tudo, é preciso reler "Os Motivos Ornamentais" com outro olhar que não seja só para idolatrar o padre, mas como uma receita lógica. Conforme o próprio Gallo queria transformar a associação O Nosso Museu em fundação. Será justo nomear Fundação Giovanni Gallo, mantenedora do museu de Cachoeira com sua vocação de ecomuseu à toda prova, como Hugues de Verine se fosse chamado a dar parecer poderia atestar. Há diversas formas de fundação, públicas, privadas e público-privadas... O IBRAM com a palavra. O diabo é que quem pode decidir às vezes não compreende o que está escrito, mistura alhos com bugalhos, "emprenha pelos ouvidos" como diz o povo e o que era para ser solução vira mais confusão... Então, é a prova real da teoria do porco espinho em epígrafe.

Na minha cabeça, a associação remanescente não deve se extinguir com a eventual criação de uma fundação profissionalizante. Mas, pelo contrário, ser remoçada para ser base de voluntariado com nome de Associação de Amigos do Museu do Marajó em parceria estratégica indispensável com a Associação dos Municípios do Marajó (AMAM) e a Associação de Amigos da UFPA para copiar o modelo desta última que remodelou o campus Guamá e se tornou modelo para arrecadar fundos.

Por outra parte, pedindo colaboração do Movimento Marajó Forte, que conduz campanha para criação da Universidade Federal do Marajó; faria apelo ao Reitor da UFPA pedindo que esta proceda a incorporação do Museu do Marajó à universidade: conforme modelo existente entre o Museu Nacional e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Lembrando ademais que o Museu Nacional possui coleções de cerâmica marajoara levadas do teso Pacoval, conforme Denise Schann e o Barão do Marajó escreveram.

Portanto, com este antecedente, a UFPA teria condições de regularizar o Museu do Marajó e desembaraçar o futuro do mesmo mediante projeto técnico profissional estruturante para recolher, futuramente, peças e coleções que se encontram em museus estrangeiros e nacionais em cooperação de repatriamento com a UNESCO dentro do PLANO MARAJÓ, onde o Museu do Marajó voltaria a ter papel de articulação.

Claro que na efetiva separação da UFPA para criar a Universidade Federal do Marajó, a Fundação Giovanni Gallo com o Museu do Marajó em sua nova estrutura em rede de extensão para os mais municípios, passaria a fazer parte da futura universidade semelhantemente ao vínculo existente entre a UFRJ e o Museu Nacional. Ou se vira a página do amadorismos sentimental e se realiza de fato o projeto que o Gallo deixou expresso nos "Motivos Ornamentais" ou não se fala mais nisso. E outras cidades terão os seus museus do Marajó, concorrendo uns com os outros, na mais pura prova da teoria do porco espinho, enquanto o búfalo reinará absoluto com símbolo da cultura marajoara.

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