DE CACHOEIRA DO ARARI, ILHA DO MARAJÓ, PELO FACEBOOK A SENHORA MARIA JOSÉ CONCEIÇÃO GAMA, MAIS CONHECIDA COMO "DONA ZEZÉ"; PRESTIMOSA VOLUNTÁRIA DO MUSEU DO MARAJÓ EXPRESSA SUA GRANDE DECEPÇÃO QUE É A MESMA DE TODOS NÓS MARAJOARAS, COM OS CONFUSOS PODERES DA REPÚBLICA.
Decepção! É o que nós do Museu do Marajó estamos sentindo hoje pois estávamos aguardando com ansiedade o parecer do Ministério da Cultura, com relação a prestação de contas do convênio nº575/2005 MinC/FNC-PRONAC gerido pela gestão passada que causou a inadimplência da Instituição, por ter sido reprovada por duas vezes a referida prestação foi encaminhada pela gestão anterior a nós gestores atuais para que a mesma fosse encaminhada, mais uma vez e esperávamos que dessa vez nossa Instituição se livrasse da Inadimplência e pudesse dá um passo a frente e pra nossa decepção hoje recebemos o resultado via ofício nº059/2014,, foi mantido o parecer anterior e a divida só aumentou para R$ 175.408,94 , de acordo com demonstrativo do TCU. anexo. É muito triste falar sobre isso mais é preciso que os sócios que não podem comparecer nas reuniões pois estão fora do Município tenham conhecimento da situação do Museu do Marajó junto ao MINC...
SIMPLES ASSIM...
A tecnoburocracia de BrasIlha não quer nem saber quem foi esse padre maluco que deixou o primeiro mundo para se meter com gente ignorante no fim do mundo...
Isto do caboco Vadiquinho pegar "cacos de índio" deixados sobre rastros de ladrões de gado e contrabandistas de cerâmica marajoara pré-colombiana não é como os impolutos ministro do TCU nem com os diplomados e concursados técnicos do Ministério da Cultura.
Que diabo vai fazer turismo na ilha dos Marajós além do marquetingue pra inglês ver? Dona Zezé e seus colegas do museu do Gallo que se lixem e percam o sono... A dívida vai desembestar e se duvidar empaca a vida dos bestas que não deixaram o museu fechar quando o padre morreu.
Isto não é problema do prefeito de Cachoeira, nem da presidenta da Associação de Municípios do Marajó (AMAM), nem do Excelentíssimo Senhor Governador ou dos ilustres Deputados estaduais, federais ou Senadores.
Muito menos será da conta da Senhora Presidenta da República e da Ministra da Cultura ocupada com aqueles magníficos museus que consomem toda verba e o verbo do IBRAM, tais como o Museu Nacional e de Etnologia da USP onde jazem coleções de cerâmica marajoara que nunca filhos de caboco poderá ver; tiradas e levadas, Deus sabe como; dos "tesos" da pobre ilha do Marajó...
Besteira minha - depois de ler "Cultura Marajoara" de Denise Schaan - sonhar com a possibilidade de intercâmbio com museus que se podem considerar FIÉIS DEPOSITÁRIOS como o próprio Museu do Marajó; e posterior REPATRIAMENTO de peças e coleções de cerâmica para a ilha do Marajó fazer TURISMO CULTURAL com geração de renda e empregos locais a par da esperada UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARAJÓ...
O diabo é que a brava gente briga entre si feito cão e gato, mas amolece quando é hora de encarar os "brancos" da casa-grande... Tudo que Dalcídio Jurandir e Giovanni Gallo queriam com a EDUCAÇÃO libertadora era ver a Criaturada grande de cabeça erguida: não importa a cor do gato... Amigo de Platão, mas mais amigo da verdade.
Pensam esses senhores e senhoras da casa-grande: "Dona Zezé que se lixe! Ela e a diretoria passada, presente e futura"...caso ainda haja um futuro para esses voluntários ingênuos ou nem tanto, que não largaram o padre à deriva prestes a "implodir" (cf. "O homem que implodiu") e depois de sua morte não deixaram o museu fechar as portas.
Quem manda os "herdeiros" do Gallo não se entenderem lá com eles mesmos? Há de pensar um burocrata de quinto escalão ao ler a resenha do Convênio nº 575/2005, de passagem sobre sua inquisitorial mesa, donde o vaidoso de seu efêmero poder vê a árvore, mas não vê a floresta. Ou vê o cisco no olho dos outros, mas não enxerga a trave no seu próprio...
O sistema é fogo! Não foi que a Presidenta assinou sem saber tudo sobre contrato de compra de refinaria da Petrobras? Como vai a Ministra da Cultura saber que coisa é essa do Museu do Marajó estar sem pagamento... O que foi que aconteceu? No começo da gestão da atual diretoria do Museu do Marajó o IBRAM ainda estava dando primeiros passos e mandou um técnico a Cachoeira para ver que 'estória' era aquela de um museu para ser visto "com a ponta dos dedos"...
Mas, ao que parece, não esquentou a cadeira por pouca receptividade. E não voltou mais por que esqueceu ou por que não lhe chamaram... De maneira que o buraco é mais embaixo e não pode ver visto em preto e branco, pra falar a verdade.
Epa! Espera aí... de 2005 a 2014 e está rolando pelos escaninhos da Esplanada dos Ministérios como carro velho que as multas e taxas de licença acumuladas, mais as taxas de mora chegam agora NOVE ANOS DEPOIS (sic) a espantosa importância de R$ 175.408,94!!!...
Além de Dona Zezé e ninguém da atual diretoria não ter nada a ver com a origem da maldita dívida tranca-rua, ela poderia dizer aos auditores do TCU: meus senhores, se nós tivéssemos agora, que o museu está precisando de umas latas de tinta para tirar tuíra das paredes, pelo menos 175 mil reais... mandávamos fazer outro museu...
Bom, veja bem, poderá dizer um técnico auxiliar mas em 2005 "nós" não estávamos no governo para tomar as devidas providências dos responsáveis para zerar a inadimplência. Tenha paciência, não sou eu... É a lei!...
E a lei também manda muitas coisas que não se cumprem neste país. A demarcação das terras indígenas, por exemplo; e a cobrança de dívidas do BNDES que até andou fazendo farol com promessas de recursos a fundo perdido em ajuda ao Museu do Marajó e depois sumiu.
Puxa vida! Será que não tem ninguém para levar um recado à Casa Civil? Cadê o livro do Gallo, "Marajó, a ditadura da água", que na reunião do Plano Marajó em Soure, autografado por todos presentes; foi portador representante da então chefa da Casa Civil Dilma Rousseff para ser entregue ao Presidente Lula... Será que foi para o Instituto Lula ou foi parar na lata de lixo?
Cadê a Bancada do Pará? Cadê todo mundo que corre atrás de voto da gente marajoara? Cadê a SOLIDARIEDADE de todos ao Museu do Marajó?
Será que os marajoaras estão preparados para um grande gesto de consenso (que haja apuração de responsabilidades sem prejulgamento nenhum). O que se não deve fazer é brigar em casa e perder de vista que o Estado e a União devem muito ao Marajó.
A obra de Giovanni Gallo, "Motivos Ornamentais da Cerâmica Marajoara", com apresentação da diretora do Museu Paraense Emílio Goeldi, Ima Vieira; e prefácio da arqueóloga Denise Schaan; podemos dizer é o "testamento" do criador do Museu do Marajó. Por que não reunir todos e todas acima de ressentimentos e vaidades em prol do bem-comum?
Lá nos "Motivos Ornamentais" ficou a última vontade do Gallo: transformar a Associação em uma Fundação mantenedora... Esta tem sido desde o falecimento do Gallo meu invariável posicionamento. Basta conferir neste mesmo blog. Faço isto pela memória do Gallo e também de Dalcídio Jurandir (cf. Correspondência com Maria de Belém Menezes) que o incentivou a publicar o já clássico "Marajó,a ditadura da água".
Mas, tudo isto nos remete a um PROBLEMA anterior e que reflete a DÍVIDA NACIONAL com a Cerâmica Marajoara: a opção preferencial do IPHAN pelo barroco colonial em detrimento do barro da genuína civilização brasileira, que a arqueologia marajoara representa (cf. Heloísa Alberto Torres). Mas, não adianta fazer carga contra o IPHAN (seus servidores em greve dizem tudo...) nem contra o IBRAM, se nós mesmos não conseguirmos um CONSENSO...
Se a Ministra da Cultura pode se eximir desta dívida, por não estar no ministério se não há pouco tempo, mais razão tem Dona Zezé para não ter que pagar a tal inadimplência.
Vamos lá minha gente! TODOS A FAVOR DO MUSEU DO MARAJÓ!
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