terça-feira, 8 de março de 2016

Unico Presidente da República a escutar apelo da criaturada de Dalcídio, Lula marcou presença na história da brava gente marajoara.





Num dia triste, a data de 4 de março de 2016 entra na história como demérito aos foros da cidadania brasileira. Dia de abuso da autoridade e violência jurídica contra direitos constitucionais do povo brasileiro. Logo neste mês marcante do DIA DA MULHER, das águas grandes e da Ditadura de 1964... 

Nunca dantes na história deste país viu-se ex-presidente da República na rua da amargura, conduzido sob vara por batalhão do poder discricionário da Polícia Federal a mando de juiz famoso que, tendo extraordinária oportunidade de conduzir com isenção uma operação Mãos Limpas brasileira e gravar seu nome nos anais da Justiça; claudicou no cumprimento do dever do sigilo de justiça para ceder à tentação do show midiático pela ostentação do mandado de condução coercitiva do maior presidente do Brasil de todos os tempos... 

É claro que Lula ou qualquer outro cidadão, seja ele famoso ou não; não está acima da Lei. Nem mesmo ministro do Supremo Tribunal Federal ou Juiz de instância inferior. Entretanto, fica claro que as ditas "forças ocultas" que atuaram de maneira sub-reptícia na renúncia de Jânio Quadros à presidência da República e já manifesta à luz do dia no golpe de estado que derrubou Jango Goulart; demonstram novamente desprezo à legalidade democrática e ojeriza à Constituição. Acham-se intocáveis os agentes dessas forças reacionárias em sua paranoia entre o Bem e o Mal... 

Agora, mostram o pé de cabra pela atração preferencial à caça ao Lula. Logo será a vez de defenestrar Dilma, quebrar toda resistência democrática no Congresso deixando-o entregue aos 300 picaretas que se revezam no Legislativo... Por que será? Para deixar a economia nacional em petição de miséria e o Gigante acorrentado à Dívida Pública (esta eterna escravidão dos povos aos impera/dores do mundo). Até os calangos da caatinga nordestina sabem o porquê, assim que os peixinhos quatro-olhos, o tralhoto do Sermão aos Peixes (pe. Antonio Vieira, São Luís do Maranhão, 1654), na bacia amazônica; já sabiam desde o tempo de caça aos índios para escravidão de "negros da terra". Velhas matriarcas marajoaras - iniciadas na pajelança sob a antiga ordem totêmica da Jararaca - adivinham o veneno de tal perseguição aos que tomam as dores dos pobres. De Jesus Cristo a Che Guevara, a ordem imperial pela boca dos inocentes úteis que "não sabem o que fazem" é "crucifiquem-no, crucifiquem-no!"... 

Mas, apesar de tudo, ao contrário do que informou o jornalista e maçom republicano Aristides Lobo sobre a Proclamação da República de 15 de Novembro de 1889: neste 4 de março o povo não assistiu "bestificado" a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva... Ele próprio, pleno de indignação dos justos, protestou dizendo ser uma "jararaca" que os inimigos do povo brasileiro não conseguem esmagar a cabeça, mas feriram a cauda no afã do golpe. Logo levantou-se a indignação cívica do Lula Jararaca que ganhou as ruas e se reproduziu nas redes sociais, num misto quente de republicanismo franco-brasileiro, na expressiva divisa popular JE SUIS JARARACA.


Ora, pois Jararaca! Era aí que o caboco marajoara queria chegar a respeito da história de Lula com a brava gente marajoara. Os filhos da cobra grande são afilhados da jararaca. Por sina desta gente analfabeta de pai e mãe o índio sutil Dalcídio Jurandir se tornou o maior romancista da Amazônia. Giovanni Gallo veio da Itália se naturalizar marajoara e, na falta destes dois, enquanto a morte não vem eu faço o que posso para dar testemunho do homem marajoara "largado aí em plena maré" (como Dalcídio me aconselhou certo dia).

A madrinha totêmica Jararaca ensinou a esta gente o segredo da vida e da morte, a diferença entre o veneno e o remédio. Está "tudinho" escrito nos motivos "ornamentais" da cerâmica marajoara [leiam "Cultura Marajoara", da arqueóloga Denise Shaan].








"Do ninhal metafísico selvagem surdiram-se curupiras, matintas-pirera e bichos do fundo. Donde também nasceu e cresceu, desmesuradamente, a Cobra grande neolítica "cultura marajoara dentre outras amazônicas criações", com suas fases da lua e datações arqueológicas determinadas por Betty Meggers e Clifford Evens: Ananatuba, 3.500 anos, Mangueiras na ilha Caviana e costa da ilha grande, ano 900 a.C., Formiga em Chaves e lago Arari, 100 a.C. Marajoara, lago Arari, 400 da era cristã. Aruã, Chaves, Caviana e Mexiana, ano 1400. Rastos mortais de gente ancestral nos sítios de bichos encantados...

Bothropos marajoensis: mistério da vida e da morte no tempo da vela de jupati. Aqueles que têm o sentimento da terra e conservam respeito à antiguidade neotropical dizem que do negro ventre da primeira noite do mundo o tempo paleolítico surdiu-se como a larva que se transforma no besouro caturra dos campos dentro de um caroço de tucumã (Astrocarium vulgare). Pra não dizer que era o ovo primordial da Boiúna. O andar do tempo ficou impresso na tatuagem da epiderme das pedras na serra Paytuna, Carajás, Serra das Andorinhas e outras partes do corpo mágico tapuia, tal qual como reza o mito fecundador da amazonidade profunda." (José Varella / "Bothropos marajoensia: o mistério da vida e da morte no tempo da vela de jupati")

Totem significa o símbolo sagrado adotado como emblema por tribos ou clãs por considerarem como seus ancestrais e protetores. O totem costuma ser um poste ou coluna e pode ser representado por um animal, uma planta ou outro objeto.
Totem é uma palavra derivada de "odoodem"que significa "marca da família", na linguagem indígena Ojibwe dos índios da América do Norte.
Os totens são vistos como talismã, objetos de veneração e de culto entre o grupo. Em algumas tribos, o totem pode ser simbolizado por um desenho do brasão do grupo, utilizado em diversos objetos como identidade da família à qual pertence.
Um totem poderia ser um animal, planta, objeto ou fenômeno considerado sagrado por uma determinada sociedade. Consiste em um símbolo familiar com poderes sobrenaturais e com características protetoras. Os totems eram rodeados por uma aura de medo, superstição e magia.
Entre os índios da América do Norte, o totem é geralmente um desenho meticulosamente trabalhado em madeira formando uma enorme escultura. Totens originais construídos no século XIX podem ser vistos em museus dos Estados Unidos e Canadá. Nos Estados Unidos, o totem é visto como um espírito protetor da pessoa em questão.
O totemismo é crença religiosa que utiliza o totem como elemento espiritual de veneração em que existe uma relação próxima e misteriosa entre um ser humano e um ser natural. Esse relacionamento tem como fundamento uma origem em comum entre os dois seres. Esta religião é muitas vezes associada ao xamanismo por ser também uma religião com origem indígena.
Crentes do totemismo não podem matar, comer a carne ou mesmo tocar no animal que representa o totem. O totemismo surgiu em comunidades de caçadores, principalmente nos Estados Unidos, no Sul da Ásia, Áustralia, Nova Guiné, República Democrática do Congo e Sudão.






em Breves-PA (2007), ilha do Marajó, o Presidente Lula acompanhado da Governadora Ana Júlia, do Estado Pará, lança o PLANO MARAJÓ e faz entrega histórica do primeiro título de autorização de uso de terras de marinha no arquipélago do Marajó pelo projeto NOSSA VÁRZEA de regularização fundiária. Coube o título à moradora da comunidade Alto Anajás (foto), documento histórico de reconhecimento público - três séculos e meio depois - do esbulho de direitos dos antepassados marajoaras com a doação real da "Ilha dos Nheengaíbas" para criação da capitania hereditária da Ilha Grande de Joanes. Belém e Brasília não conhecem realmente a história da Amazônia brasileira, onde o povo marajoara teve papel de alta relevância na paz de Mapuá (27/08/1659), que deu termo a mais de 40 anos de guerra de conquista do rio Amazonas; e na construção territorial do antigo estado do Maranhão e Grão-Pará.


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