RESERVA DA BIOSFERA
MARAJÓ-AMAZÔNIA, JÁ!
em memória do Centenário de Dalcídio Jurandir
(Ponta de Pedras, Marajó-PA, 10/01/1909 - Rio de Janeiro-RJ, 16/06/1979)
Dalcídio Jurandir – Wikipédia, a enciclopédia livre
pt.wikipedia.org/wiki/Dalcídio_Jurandir
Meu camarada da pesca João Ribeiro, filho dileto do afamado Juquinha Malato, que outrora foi considerado tuxaua do Araraiana e hoje seria um dos melhores ambientalistas que se pode desejar nestas bandas; me avisa pelo Facebook (vão vendo só como a coisa está adiantada naquelas paragens, quando antes as ondas do rádio eram só por milagre do radinho de pilhas fracas... Alô, alô dona Maria aguarde na porteira da fazenda São José carta da sua filha Miloca, com muitas saudades da senhora. Alô, alô seu Gordiano, Chico manda dizer que o numerário não deu pra cobrir todas despesas da viagem...Alô, alô...) que, de 28 a 30/10/2011, o Colegiado do Território Marajó, estará reunido no “Centro Cultural Bertino Boulhosa”, em Ponta de Pedras, onde serão debatidos:
28/10 - Nivelamento das ações fundiárias no Marajó e análise dos municípios sobre estes avanços;
• 29/10 – Construção das propostas de ordenamento territorial e cadeias de valor no Marajó;
• 30/10 – Elaboração da carta de ordenamento territorial da mesorregião do Marajó.
Eu quis logo mandar mensagem como antigamente, mas porém o deus computador me deixou ilhado como dantes para mal dos meus pecados. Eu queria dizer, enquanto há tempo: gente não deixem perder o cavalo selado da nossa candidatura de RESERVA DA BIOSFERA MARAJÓ-AMAZÔNIA! Façam favor de aperriar Sua Excelência o Governador do Estado do Pará, doutor economista, Simão Jatene; que mais que qualquer outro sabe que meio ambiente é o melhor insumo para o desenvolvimento sustentátel no negócio do Turismo num arquipélago como o nosso.
Isto sim que deveria ser prioridade do ordenamento territorial como facilitador da cooperação internacional num bioma de transição entre as Amazônias azul (marítima) e verde (florestal). Todo mundo deve saber que foi a PARATUR em parceria com a AMAM, em 2002, que começou o processo de sensibilização para candidatura do Marajó como Reserva da Biosfera pedida em Muaná (08/10/2003) com endereço à primeira Conferência estadual e nacional de Meio Ambiente.
O processo oficial começou de fato com a SEMA que é o órgão competente, através do dr. Crisomar Lobato, quem propôs e o Colegiado do Território aprovou a indicação, em 2007, no PLANO MARAJÓ já no governo Ana Júlia Carepa que decretou a APA-Marajó, pendente deste 1989; criou o Parque Estadual Charapucu destinado a ser área-núcleo da Reserva da Biosfera e adiantou o trabalho de levantamento para inventário de campo até o apoio, ultimamente, do Fundo Vale ao programa Viva Marajó, do Instituto Peabiru. Então, apesar de parecer que a coisa está andando; na verdade está devagar quase parando e paresque corre o risco de ir parar nas calengas gregas. Eu não acredito em bruxos, mas sei que eles existem! Quem passou mais de 40 anos pelos meandros da burocracia de todos os niveis sente cheiro de lorota de longe. Queria dizer aliás que lorota boa cheira à naftalina (não me perguntem o porquê).
Isto sim que deveria ser prioridade do ordenamento territorial como facilitador da cooperação internacional num bioma de transição entre as Amazônias azul (marítima) e verde (florestal). Todo mundo deve saber que foi a PARATUR em parceria com a AMAM, em 2002, que começou o processo de sensibilização para candidatura do Marajó como Reserva da Biosfera pedida em Muaná (08/10/2003) com endereço à primeira Conferência estadual e nacional de Meio Ambiente.
O processo oficial começou de fato com a SEMA que é o órgão competente, através do dr. Crisomar Lobato, quem propôs e o Colegiado do Território aprovou a indicação, em 2007, no PLANO MARAJÓ já no governo Ana Júlia Carepa que decretou a APA-Marajó, pendente deste 1989; criou o Parque Estadual Charapucu destinado a ser área-núcleo da Reserva da Biosfera e adiantou o trabalho de levantamento para inventário de campo até o apoio, ultimamente, do Fundo Vale ao programa Viva Marajó, do Instituto Peabiru. Então, apesar de parecer que a coisa está andando; na verdade está devagar quase parando e paresque corre o risco de ir parar nas calengas gregas. Eu não acredito em bruxos, mas sei que eles existem! Quem passou mais de 40 anos pelos meandros da burocracia de todos os niveis sente cheiro de lorota de longe. Queria dizer aliás que lorota boa cheira à naftalina (não me perguntem o porquê).
Chegou a hora da comunidade marajoara despertar e pressionar para ver esta modalidade de unidade de conservação em parceria com a UNESCO estabelecida em Marajó. Fato que será, sem nenhuma dúvida, um marco no desenvolvimento sustentável da Amazônia Oriental como um todo. Justo quanto Marajó diz não à divisão do Pará, mas também sem querer ficar mais no caritó com o pior IDH das 12 regiões estaduais.
Sou um dos voluntários da sociedade civil de primeira hora neste processo de resgate da "criaturada grande de Dalcídio", ouviu lá em Niterói-RJ a Casa Dalcídio Jurandir? E talvez fui eu, leigo e ateu graças a Deus; ajudante de parteiro da história, na Quaresma de 1999, quando os valorosos bispos marajoaras Rivatto S.J. e Azcona OSA botaram a boca no trombone, com assessoria jurídica do Prof. Nelson Ribeiro (ex-Ministro da Reforma Agrária, secretário de estado da SEICOM, que aceitou nosso desafio no antigo Consulado do Brasil em Caiena (1989) para sondar o mercado do Caribe para produtos do Pará no enfrentamento da imigração clandestina transfronteiriça) na elaboração do documento da Igreja Católica acerca do mísero IDH do Povo Marajoara. Claro, Brasília é longe. Mas, às vezes, parece que Belém fica mais distante destas ilhas do que a capital federal: é por isto que tem gente no Baixo-Amazonas e no Sul do Pará querendo se separar da tutela de Belém do Pará...
Ora, todo mundo sabe ou deveria saber que a CULTURA MARAJOARA é a jóia da coroa da Amazônia. Portanto, não é um patrimônio apenas local ou intermunicipal. É do Pará, é do Brasil! Não é verdade? Palavra da arqueóloga Denise Pahl Schaan com testemunho de vida do padre Giovanni Gallo e a incrível história do Museu do Marajó.
O Estado do Pará passa pelo aperto do plebiscito, mas, não leu direito e paresque tem raiva de quem leu o "Sermão aos Peixes" (S.Luís-MA, 1654), do Padre Antônio Vieira quando ele a caminho de Portugal para batalhar pela lei de abolição do trabalho escravo dos índios (1655), criticou frontalmente a "cegueira" dos colonos. E olha lá que na época não havia avião e o padre grande nunca pegou caravela de primeira classe para travessia do Oceano... Não é verdade que, quase todo dia, tem notícia de trabalho escravo na mídia? E 50% de analfabetos espalhados pelas ilhas dos Marajós que serviço hão de arranjar além da servidão da gleba? Aí que a regularização fundiária é uma emergência como o controle da malária e a remediação da falta de infra-estrutura, mas sem Educação não há solução de fato!
Agora me digam: educação pra quê e para quem? Já houve tempo que se ensinava, malmente, assinar o nome para votar neste ou naquele salvador do município e mandar deputado para Alepa ou a Câmara dos Deputados, a rogo de cabos-eleitorais do balacobaco... Ou será que tudo isto já acabou por obra do divino Espírito Santo?
Desta desconforme cegueira, há mais de três séculos e meio; ainda sofremos hoje em dia. E aquilo que era para ser consenso ainda causa briga e desconfiança que nem no tempo da guerra das tribos, desgraçadamente, muita perda de tempo e dinheiro que faria felicidade geral destas ilhas filhas da Pororoca.
No caso que se vai tratar na antiga Itaguari dos meus cuidados, em especial, a regularização fundiária que nós mesmos na esquecida "Carta do Marajó-Açu", celebrada em 30 de abril de 1995, no décimo e derradeiro Encontro em Defesa do Marajó, está lembrado dr. Bernardino Ribeiro? Era aniversário de Ponta de Pedras; os signatários entre eles os prefeitos de Cachoeira do Arari e Ponta de Pedras, o vice-reitor da UFPA dr. Camillo Viana e este caboco velho que vos fala pedimos dentre outras demandas, a tal REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA como providência elementar para o chamado desenvolvimento local sustentável. Que as altas autoridades e o distinto público letrado tenham feito ouvido de mercador não foi por nossa culpa... Os meninos e meninas do TCC se quiserem os dados podem consultar os jornais da época, lá estará provavelmente a tal carta assinada na terra natal do primeiro prêmio “Machado de Assis” para autor amazônico. O problema da nossa educação é que não se ensina a conectar os conhecimentos. Assim, cada disciplina (para não dizer secretaria de governo ou até ministério) fala língua diferente.
Estamos a dar voltas e sempre a voltar ao mesmo ponto incerto. Mas, assim mesmo, as coisas se modificam por força das circunstâncias. Agora já tem até pai do linhão do Marajó, mas ainda não apareceu a mãe do IDH da fome... Cada município quer ser, sozinho, o Marajó inteiro. Porém, na realidade, só uns poucos indivíduos têm noção exata do que é mesmo o maior arquipélago fluviomarinho do mundo, ou a Amazônia Marajoara como diz corretamente o Prof. Doutor Agenor Sarraf. Para isto, felizmente, às duras penas chegamos ao PLANO MARAJÓ e ao Território da Cidadania - Marajó a partir da generosa iniciativa dos Bispos do Marajó (Dom Alessio Saccardo e Dom Frei José Luiz Azcona) que foram ambos conjuntamente bater às portas do Presidente Lula. Este com a governadora Ana Júlia deram ponto de partida, depois que a Casa Civil com Dilma Rousseff estabeleceu as linhas inaugurais do processo que está sempre começando. Claro, em tão pouco tempo depois de séculos, nem todas igrejas nem pajés sacacas reunidos dariam jeito ou fariam o milagre.
É assim mesmo, haja paciência. Hoje, muita gente já tem um sitiozinho para deixar de ser judeu errante e porto onde encostar canoa sua. Mas se trabalha pelos netos que ainda hão de vir e fazer o tempo bom... Eu só queria pedir para os responsáveis pela reunião que não esqueçam que o PLANO MARAJÓ contempla o projeto, encampado pela SEMA-PA, da RESERVA DA BIOSFERA MARAJÓ-AMAZÔNIA e que o Fundo Vale está apoiando esta candidatura através do programa Viva Marajó do Instituto Peabiru. Esta ação estratégica federativa em parceria público-privada com participação indispensável da comunidade, está fadada a trazer a UNESCO – cedo ou tarde – para nos ajudar a fazer real o que reza a Constituição do Estado do Pará [§2º,VI,Art.13]. Esta unidade de conservação socioambiental em modalidade internacional será, sem nenhuma dúvida, coroamento da longa luta de resistência marajoara; reunindo gregos e troianos pela causa comum esboçada, em 1939 na vila de pescadores de Salvaterra, por um caboquinho nascido em Ponta de Pedras, criado em Cachoeira do Arari, que vagou entre o Ver O Peso, subúrbios de Belém, Gurupá e ilhas, pegou o Ita do Norte, rodou pelo Rio Grande do Sul, Santiago do Chile e Moscou – Dalcídio Jurandir. O “índio sutil” (assim chamado por Jorge Amado), cada vez mais vivo e ganhando o Brasil e o mundo para a gente humilde do seu Marajó do coração.
Olá Amigo, Sou o dono do site Arte Marajoara. Muito bom o blog, no nosso site temos produtos como cerâmica para vender. A entrega é imediata!
ResponderExcluirEu já estou seguindo seu blog, siga o nosso também, ficaria agradecido...
http://www.arte-marajoara.blogspot.com/
Att. Arte Marajoara.
Abraços!