Outro dia pastor da igreja católica me disse a mim: "não é verdade que o mundo quer conservar a floresta amazônica... Se quisesse de fato bastava pagar um salário mínimo a cada família para não derrubar nem deixar derrubar árvores".
Bingo! Mas, o reverendo não via que justamente aí é que a porca torce o rabo. Nunca foi por falta de dinheiro que se devastaram as florestas tropicais. Bem ao contrário. Nem a coisa é exclusiva da Amazônia brasileira, que os inocentes continuam achando que basta o Brasil baixar leis e regras mais um exército de fiscais e o mundo estará salvo da mudança climática.
O buraco da camada de ozônio e a causa da bagunça do clima é mais acima do equador. Está no consumo alienado. E se o consenso de Washington pode apertar o cinto para conter o consumo da classes emergentes saídinhas do arroz com feijão; duvido que se possa vetar o consumo de champanha e caviar pelos mais ricos, ou mesmo taxar as grandes fortunas que nem Barak Obama com todo seu cacique não consegue.
voltando à vaca fria: a pobreza da periferia da Periferia, com exemplo geral da célebre ilha do Marajó, berço da civilização neotropical amazônica. O Arquipélago é objeto de um plano de desenvolvimento territorial supostamente piloto do ora silenciado PAS que já deu panos pras mangas entre os então ministros Mangabeira Unger e Marina Silva... Essas coisas extraordinárias frequentam a mídia com humor semelhante aos OVNI's. Quando a gente pensa que foram embora, olha aí de novo...
desgraçadamente a realidade perversa continua nua e crua. No caso do Marajó, nunca se falou em tanta ajuda e boas intenções; 'mas porém' a coisa vai indo de mal a pior... Ora, a chamada sociedade civil através de meia dúzia de quixotes tem mantida acesa a chama da esperança e a voz das reclamações. Por obra do acaso, a Constituinte paraense de 1989 meteu na Carta Magna estadual o parágrafo 2º, alínea VI, do artigo 13; o qual deveria ser a bússola do desenvolvimento do dito cujo arquipélago e referência para o macro zoneamento ecolôgico-econômico do Pará.
muito fácil criticar o governo "A", "B" ou "C"... Difícil na província dos desempregados é dar nome aos bois e, sobretudo, reconhecer falhas da tal sociedade civil. Dentre estas, professores, dirigentes, estudantes e servidores dos campi da UFPA, UFRA, IFPA e UEPA no Marajó além da rede estadual de ensino que não dão ao público em extensão estudos integrados acerda do PLANO MARAJÓ seus antecedentes, promessas e incongruências via a visa do famigerado Parágrafo citado da Área de Proteção Ambiental (APA-Marajó) e a demanda popular (carta de Muaná de 08/10/2003) para seu reconhecimento pela UNESCO como reserva da biosfera, dentro do programa multilateral "O Homem e a Biosfera - MaB".
claro, TCC, dissertação ou tese de doutorado sobre esta odisseia marajoara seria de grande importância, não só para entendimento das agudas contradições entre riqueza e miséria na maior ilha fluviomarinha do planeta e berço da primeira cultura complexa (cacicado) da Amazônia; mas sobretudo aos estudos socio-econômicos do Trópico Úmido. Falar mal de prefeito, deputado e governador - simplesmente - não leva a nada...
a sociedade civil organizada tem que ser mais propositiva e agir concertadamente para fazer o Governo como um todo (federal, estadual, municipal) agir. Nesta caso, que diremos ao Governo sobre a oportunidade da BOLSA VERDE se tornar um instrumento econômico de valorização socioambiental? Há, primeiramente, que se barrar a PEC 53 que "desfederaliza" a regularização fundiária do Projeto Nossa Várzea dentre as ações de mergência do PLANO MARAJÓ.
Cerca de 40 mil famílias ribeirinhas (120 mil habitantes) podem ser equiparadas a moradores de reservas extrativistas, floresta nacional ou reserva de desenvolvimento sustentável para fins de concessão de BOLSA VERDE no âmbito da APA-Marajó e futura reserva da biosfera Marajó-Amazônia Oriental. Equivale dizer, a necessidade de protocolo de cooperação entre Governo estadual e União, com adesão dos Municípios da região de integração Marajó: meio caminho para o MaB e integração fronteiriça com as Guianas através e conjuntamente com o Amapá.
Governo lança Bolsa Verde para famílias extremamente pobres que conservem áreas de floresta
02/06/2011 - 12h38
Yara Aquino e Daniella Jinkings
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – Uma das estratégias do Plano Brasil sem Miséria, lançado hoje (2), será a criação de um programa de transferência de renda, o Bolsa Verde, para as famílias em situação de extrema pobreza que promovam a conservação ambiental nas áreas onde vivem e trabalham. Das 16,2 milhões de pessoas que vivem em situação de extrema pobreza, 47% estão na área rural.
O Bolsa Verde pagará, a cada trimestre, R$ 300 por família que preserve florestas nacionais, reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável. O valor será transferido por meio do cartão do Bolsa Família.
Ao apresentar outras ações voltadas para as pessoas em situação de extrema pobreza no campo, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, afirmou que a intenção é garantir o aumento da renda e da produção dessa parcela da população.
“Acreditamos que com ações como assistência técnica, de fomento, acesso à água e energia e distribuição de sementes conseguiremos garantir que essas famílias extremamente pobres no campo aumentem sua produção e renda”, disse a ministra.
O plano tem como uma das principais metas retirar 16,2 milhões de pessoas da extrema pobreza até 2014. São consideradas extremamente pobres as famílias que têm renda per capita de até R$ 70.
Edição: Lílian Beraldo
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – Uma das estratégias do Plano Brasil sem Miséria, lançado hoje (2), será a criação de um programa de transferência de renda, o Bolsa Verde, para as famílias em situação de extrema pobreza que promovam a conservação ambiental nas áreas onde vivem e trabalham. Das 16,2 milhões de pessoas que vivem em situação de extrema pobreza, 47% estão na área rural.
O Bolsa Verde pagará, a cada trimestre, R$ 300 por família que preserve florestas nacionais, reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável. O valor será transferido por meio do cartão do Bolsa Família.
Ao apresentar outras ações voltadas para as pessoas em situação de extrema pobreza no campo, a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, afirmou que a intenção é garantir o aumento da renda e da produção dessa parcela da população.
“Acreditamos que com ações como assistência técnica, de fomento, acesso à água e energia e distribuição de sementes conseguiremos garantir que essas famílias extremamente pobres no campo aumentem sua produção e renda”, disse a ministra.
O plano tem como uma das principais metas retirar 16,2 milhões de pessoas da extrema pobreza até 2014. São consideradas extremamente pobres as famílias que têm renda per capita de até R$ 70.
Edição: Lílian Beraldo
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